Entram em vigor, no final deste mês, as normas relativas à produção e industrialização do setor lácteo, promovida pelas Instruções Normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura.
E as mudanças estão preocupando representantes da cadeia produtiva do leite.
As novas regras entram em vigor a partir do próximo dia 30 e o produtor que não se adaptar poderá sair do mercado em um curto espaço de tempo.
Conforme os novos parâmetros de qualidade do leite, especialmente em relação à Contagem Padrão de Placas (CPP) e à Contagem de Células Somática s(CCS), as normativas vão manter as contagens bacterianas máximas de 300 mil unidades por mililitro e 500 mil células somáticas por mililitro para o leite cru refrigerado.
A CPP para o leite cru de silo na indústria ficará em 900 antes do processamento.
Sobre a exclusão do produtor no processo de fornecimento do leite, somente ocorrerá após três meses consecutivos onde a média geométrica final extrapole o padrão.
Como a amostragem se dará trimestralmente, serão conhecidos em outubro deste ano os primeiros resultados de propriedade que não conseguirem atingir.
A adequação estabelecida pelo Ministério da Agricultura segue tendência mundial já adotada nos Estados Unidos e na União Europeia.
O Presidente da COOPERVI (Cooperativa dos Produtores Rurais de Vianópolis), Flávio Silva Júnior, considera as normativas importantes para se produzir um leite de melhor qualidade. Ele pontua que, com a entrada em vigor das normativas 76 e 77, os produtores terão que intensificar o controle na obtenção de leite, aplicando ferramentas de gestão de qualidade em suas propriedades, incluindo manejo sanitário, refrigeração e estocagem na qualidade da água, uso racional de medicamentos veterinários, adoção de boas práticas de bem estar animal.
Flávio Silva Júnior disse que toda mudança, num primeiro momento, é recebida com receio, e destacou a necessidade do produtor rural se informar bastante sobre as mudanças para facilitar sua adaptação às normativas 76 e 77. No entanto, ele acredita que os produtores de leite com o apoio dos técnicos que os atendem e também com informações que serão passadas pelas cooperativas a que pertencem, rapidamente estarão adequados às novas normas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.