MP denuncia Diego por morte de Caillane e afirma que ela morreu depois de 5 horas de ser baleada

Por Olívio Lemos, com informações do site do Ministério Público de Goiás.

Através dos promotores de justiça Jean Cleber Cassiano Zamperlini e Julimar Alexandro da Silva, o Ministério Público de Goiás ofereceu denúncia contra Diego Henrique Lima pelo feminicídio da fisitoterapeuta vianopolina Caillane Raquel Marinho, ocorrido no último dia 8, em uma residência no Setor Santo Agostinho.

Foi realizado, na sexta-feira, 28, aditamento da denúncia, devido às novas informações sobre o horário da morte da vítima.

Na denúncia apresentada ao Poder Judiciário, os promotores de justiça afirmam que segundo o apurado, Diego e Caillane mantiveram, por cerca de 10 meses, um relacionamento conjugal marcado por crises de ciúmes e agressões verbais do denunciado.

No dia do crime, Caillane tinha enviado uma mensagem à sua mãe: “Tô cansada, sem esperanças, ele não vai mudar. Se eu quiser vai ter que ser assim”.

Por volta das 15h do último dia 8, conforme narrado na denúncia, Caillane retornou para sua casa em um veículo Fiat Punto e passou a conversar com o jardineiro que prestava serviço no local. Durante a conversa, a vítima permaneceu no carro, estacionado entre a garagem e a calçada, até a chegada de Diego.

O engenheiro agrônomo, então, pagou pelos serviços de jardinagem e já iniciou uma discussão com Caillane, que tentou sair do local e foi impedida por Diego. Segundo consta, ele pressionou o controle remoto do portão, prensando o veículo de Caillane.

Instantes depois, Diego, que é atirador filiado, já dentro do quarto do casal, sacou sorrateiramente uma de suas armas de fogo, atirando, sem que Caillane percebesse, à queima-roupa, na região atrás da orelha direita.

Após o disparo, o denunciado foi até a garagem e estacionou o veículo Fiat Punto, e, na tentativa de ocultar provas, recolheu a mídia das câmeras de segurança e destruiu o celular de Caillane, levando consigo o chip. Depois, fugiu do local.

O denunciado ainda apagou sua página da rede social Facebook, com o propósito de dificultar o trabalho da polícia.

Apesar de o disparo ter ocorrido no fim da tarde, por volta das 15h30, as investigações apontaram que a vítima só faleceu no final da noite, entre 21h30 e 23h30, ou seja, após longo sofrimento. Diego, no entanto, só comunicou o crime na manhã de domingo, por intermédio de um advogado.

Para os promotores Jean Cleber Cassiano Zamperlini e Julimar Alexandro da Silva, Diego Henrique Lima atirou contra sua companheira de forma livre e consciente, por não aceitar o fim do relacionamento. Ressaltam ainda que o denunciado utilizou de meio cruel ao não buscar ou permitir o socorro à vítima, além de ter dificultado sua defesa ao atirar de surpresa.

Os promotores denunciaram Diego Henrique pelo crime de homicídio, descrito no artigo 121, parágrafo 2º do Código Penal, com as qualificadoras de motivo torpe, por meio cruel e feminicídio.

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