Comentário de ex-gerente sobre roubo no Banco do Brasil

Publicamos comentário enviado à nossa reportagem, via email, pelo ex-gerente do Banco do Brasil de Vianópolis, Dejanir Furlan, sobre matéria publicada a respeito do roubo à agência do BB de Vianópolis:

Fui bancário por 32 anos e sempre conversei com minhas filhas sobre a minha preocupação com a segurança delas, da minha esposa e com a minha, com o segundo assalto em menos de um ano à agência de Vianópolis, minha filha Claudia, fez a seguinte observação:

O título da reportagem nem impressiona mais, a audácia das bandidos não é novidade. O que chama a atenção nesse roubou foi a atitude do corpo policial de nossa cidade, pois esperava-se que atitudes fossem tomadas por parte da gerência bancária (detalhar as funções do Gerente-Geral, e frisar que sejam no horário de expediente) e do Vigilante Patrimonial (explicar que sua presença é de natureza preventiva, durante o expediente e para que o Banco contrata guardas).

“Imediatamente, entrou em contato com o gerente ( Sr. Adir Rodrigues Machado) que não foi à agência, mas sim pediu que fosse acionado um dos guardas que trabalham na agência.

Em seguida, policiais militares falaram com um dos guardas, mas novamente, ninguém apareceu na agência.”

A força de segurança pública de Vianópolis mostrou como está despreparada para realizar o trabalho que é de sua competência, o poder outorgado a ela não pode ser delegado a particulares (gerentes, vigilantes, ‘donos’ dos bancos…), caberia ao policiamento militar ter tomado as providências investigativas no local do crime (isolamento da área, segurança da população, captura dos bandidos, início das investigações).

Não vejo como necessária a presença dos funcionários da empresa ao invés da atuação da Policia Militar (PM), tão pouco a presença do vigilante que, quando em serviço, pode portar um revólver calibre 32 ou 38 e um cassetete.

A minha única opinião igual a da PM é na necessidade de reforçar a segurança da agência bancária de Vianópolis, pois a cada assalto quem sofre com a falta de serviço é a população e seus funcionários trabalham cada dia mais amedrontados com medo de bandidos fortemente armados e protegidos por revólveres de baixo calibre.

Abraços

Dejanir Jânio Furlan