Os casos de adolescentes grávidas em nosso município têm aumentado nos últimos anos e está preocupando pais, médicos, educadores e autoridades.
Diversos casos de gravidez precoce chegaram ao nosso conhecimento e nos levaram a fazer essa matéria.
Em Vianópolis, conforme relato feito por uma professora à nossa reportagem, uma jovem de 15 anos já tem dois filhos e engravidou novamente.
Outro caso é de uma jovem de 12 anos de idade que está grávida.
Nossa reportagem ouviu uma jovem de 19 anos de idade, cujo nome não divulgaremos, que teve uma criança com 14. Na entrevista, ela diz que muitos de seus sonhos e planos foram cancelados, uma vez que assumiu o papel de mãe na adolescência e com um agravante, sem condições financeiras, o pai não teve como lhe ajudar.
Ela até que tentou uma união com o pai da criança. No entanto, durou pouco tempo e só lhe trouxe mais sofrimento.
Ela teve que abandonar os estudos e trabalhar muito para criar a criança, que hoje tem 5 anos.
De acordo com dados passados à nossa reportagem pela Secretaria Municipal de Saúde, quase 4 adolescentes engravidam por mês em nosso município.
Para a saúde, considera-se adolescente a jovem na faixa etária de 10 a 18 anos de idade.
Nos últimos três anos, 129 adolescentes engravidaram em Vianópolis.
Este ano, somente nos 10 primeiros meses, foram registradas 44 adolescentes grávidas.
Nossa reportagem entrevistou a psicóloga Marla Viegas que nos falou sobre as causas da gravidez precoce.
Marla Viegas disse que a situação é preocupante e que os pais precisam discutir, sempre, sexo com os filhos e não deixar que esse tabu continue na família. Para ela, a situação seria diferente se houvesse um amplo debate sobre o assunto, pois as jovens teriam mais conhecimento e poderiam evitar a gravidez precoce.
Quem também foi entrevistado e falou sobre o assunto foi o médico Jamil Elias Dib, Diretor do Hospital e Maternidade São Sebastião. Segundo ele, a gravidez precoce é de alto risco, uma vez que a adolescente ainda está com o corpo em formação.
Jamil é outro que diz que os pais são também culpados por essa situação, pois conversam pouco com os filhos sobre sexo.