A história desta família começou no ano de 1948, quando o Distrito de Estação Tavares, que pertencia à cidade de Bonfim, hoje Silvânia, havia poucos dias sido emancipado e ganhado outro nome: Vianópolis.
Naquela época, dentre as poucas atrações do pequeno lugarejo, acontecia, diariamente, um footing, mais conhecido por vai-e-vem. Era o tradicional passeio das moças e rapazes, que ia do Lago da Estação Ferroviária pela rua do meio (hoje, Felismino Viana), bastante animado e divertido.
Muitos jovens se conheceram, casaram-se e formaram a maioria das famílias de Vianópolis no tradicional vai-e-vem. Uma dessas famílias é esta, sobre a qual contaremos um pouco de sua bonita, valorosa e exemplar história, que também começou no footing.
Na primavera de setembro de 1948, uma bonita moça com seus tenros 18 anos passeava com algumas amigas pela rua do meio. Numa dessas passagens, em frente a um bar, ela se deparou com um rapaz de 20 anos de idade, que havia se mudado há pouco tempo para a nova cidade de Vianópolis.
Os olhares dos jovens se cruzaram e aconteceu o flerte, aquele que seria o primeiro de muitos, que levaria os dois a se apaixonarem e se casarem, meses depois.
Ela, Lucila Célia do Espírito Santo Borges, nascida no dia 30 de outubro de 1931, na cidade de Bonfim (hoje, Silvânia), no lar de Oscar Correa e Benedita dos Santos Correa, é a matriarca da família Viana/Correa.
Ele, Aparecido Viana Borges, nascido em 7 de julho de 1929, na cidade de Cristalina (GO), no lar de Marciano Vieira Borges, na época, pequeno agricultor em Cristalina, e de Sebastiana Martins Borges, é o patriarca da família cuja história contamos neste capítulo.
Lucila iniciou seus estudos em Vianópolis, mais precisamente na escola do saudoso professor Sebastião Bueno. Posteriormente, estudou por 8 anos no Instituto Nossa Senhora Auxiliadora de Silvânia, em regime de internato, onde se tornou normalista no ano de 1949.
O pai de Lucila, Oscar Correa, que era filho de Pedro Leão Correa e Maria dos Prazeres Correa, foi o que uma comunidade quer e espera de um cidadão. Para se ter uma ideia da importância de Oscar Correa para Vianópolis, vale recordar que ele foi vereador, delegado, farmacêutico e comerciante.
A mãe de Lucila, Benedita dos Santos Correa, foi uma das pessoas que muito ajudaram quando do início da Igreja Católica de Vianópolis. Muito dedicada às coisas da igreja, Benedita foi presidente do Apostolado da Oração por longo período e a doadora das imagens e sinos que ornamentaram por muito tempo a Igreja Católica de nossa cidade.
Aparecido, antes de chegar a Vianópolis, residiu em Urutaí e Ipameri.
No ano de 1931, quando tinha apenas dois anos de idade, seus pais se mudaram para Urutaí. Marciano Vieira Borges, pai de Aparecido, foi trabalhar na então Colônia Agrícola Rural, que era mantida pelo Governo Federal e que depois se tornou Instituto Federal Goiano.
Anos depois, com a separação dos pais, Aparecido passou a residir em Ipameri, com a mãe e os demais irmãos.
No ano de 1948, o irmão de Aparecido, Manoel Viana Borges, saudoso Filinho Gordo, veio trabalhar na então Charqueada Olinda, cujos proprietários eram: Iasser Calixto, Germiniano Carneiro, Geraldo Olivério, João Batista Gomes (1º prefeito eleito de Vianópolis), José Ferreira, Olívio Lopes Ferreira, Geraldo Umbelino e Antônio Dutra Rodrigues Filinho Gordo chegou a integrar a equipe de futebol da Charqueada, respeitada e temida, na época, em nossa região.
Filinho Gordo trouxe sua mãe e suas irmãs solteiras para também residirem em Vianópolis, convidando seu irmão Aparecido, que havia servido ao exército na 6ª Infantaria do Exército Brasileiro naquele ano, para vir trabalhar na Charqueada Olinda.
EM BREVE, O CASAMENTO DE APARECIDO E LUCILA… PARTE II